Foram presos ontem, 22 de dezembro, em Mucuri e Itabatã, na Operação Caribe, o atual presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Carlos Gonçalves de Souza, o “Tazinho”, os vereadores Roberto Correia Bastos, “Nicó” e Giselle Aparecida Seguro Gazzinelly, e o empresário Arley Francisco Vescove, um dos sócios da Som Imobiliária que era o agente financeiro do esquema e estaria pagando aos vereadores para rápida aprovação do loteamento.
Os vereadores Wilson Pereira Cabral, Márcio de Jesus Machado, o "Marcinho" e Roberto Alves, o “professor Roberto” que estavam foragidos se entregaram à polícia no final da tarde. Diversos dos envolvidos já confessaram que participavam do esquema de corrupção.
Segundo o MP a proposta feita aos vereadores pelo presidente, era para uma rápida aprovação do projeto de lei na criação do loteamento, para isso cada vereador receberia pela aprovação do projeto, um total de R$25 mil reais em dinheiro, ou poderia optar por receber R$ 5 mil reais em espécie mais um lote no Loteamento Caribe.
Informações dão conta que dois vereadores procuraram o Ministério Público Estadual na Promotoria de Justiça de Mucuri e denunciaram um suposto esquema de corrupção existente na cidade.
Na representação que foi encaminhada ao MP havia importantes provas, entre elas gravações ambientais de diversas reuniões de vereadores entre si, reuniões extras nas quais discutiam o preço do valor a ser pago para facilitar a aprovação do projeto de lei na Câmara de Vereadores de Mucuri.
Dos nove vereadores de Mucuri só não estão envolvidos no esquema criminoso, conforme denúncia feita ao MP, a vereadora Justina Souza Cruz “Tina” (PMDB), e Maria das Graças Borges de Araújo, a “Professora Gracy” (PR), além do vereador Manoel Negino Cruz (PSDB), que foi um dos autores da denúncia, tendo ele participado de todas as negociatas, mas com o objetivo de denunciar os colegas corruptos, tanto que entregou todas as gravações e a quantia recebida aos promotores de justiça do caso.
Segundo o Promotor Pablo Almeida, que coordenou a Operação Caribe, foram expedidos pelo Juiz de Direito de Mucuri, Dr. Leonardo Coelho, sete mandados de prisão preventiva, destes seis contra vereadores de Mucuri, todos cumpridos, e 12 mandados de busca e apreensão que resultou na apreensão de aproximadamente R$ 20 mil reais em dinheiro, dois revólveres um calibre 38 e o outro calibre 32, uma espingarda calibre 20 e uma calibre 12 e farta munição, além de provas documentais. Houve também a apreensão de R$ 200 mil reais em cheques nos escritórios das empresas envolvidas.
“A partir dessa investigação preliminar do levantamento destes dados importantes, do levantamento de dinheiro, do levantamento de testemunhas que afirmavam e confirmavam a existência do esquema, o MP viu por bem requerer a busca e apreensão, a prisão e diversos outros requerimentos”, disse o promotor Pablo Almeida. Ainda segundo o promotor, um dos motivos do pedido de prisão preventiva é o de que Manoel Negino, o vereador denunciante, temia sofrer represália.
Foi solicitado para a realização da Operação Caribe, o apoio do GAECO, um grupo especial de combate ao crime do Ministério Público de Salvador que realizou todas as providências posteriores junto com todos os promotores de justiça envolvidos, e foram parceiro na Operação a Caema que é o grupo especializado da Policia Militar que deu o suporte de segurança pública e no cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão e a Policia Civil de Teixeira de Freitas.
A Operação contou com 28 policiais da Caema, sete delegados de policia, dez agentes investigadores da Polícia Civil e dois escrivões, e cinco promotores de justiça.
Todos os presos se encontram na 8ª Coorpin em Teixeira de Freitas. (Fonte: Sul Bahia News)
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