sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Saio de cabeça erguida, diz Negromonte


Ex-Ministro Mário Negromonte

O ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP), afirmou ontem ter sido alvo de cobiça da base aliada. O progressista deixou o cargo após reunir-se com a presidente Dilma Rousseff por 15 minutos e entregar sua carta de demissão. Pouco depois, Dilma se reuniu com o líder do PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), que assumirá a pasta. Negromonte disse que o “fogo amigo” não partiu só do PP, mas de outros partidos do governo. Questionado se incluiria o PT na lista, disse que não citaria as siglas.
“A presidente Dilma reconheceu que meu problema era político. Não dava conforto a ela. Pelo conforto dela e pelo meu, estou saindo”, disse Negromonte, acrescentando que sai tranquilo. “Saio daqui com a cabeça erguida e muito mais tranquilo do que entrei, com as palavras de conforto da presidenta. Ela disse que lamentava minha saída. Disse que não esquecia da minha lealdade, que quando ela era nem traço na pesquisa eu já estava a apoiando (durante a campanha)”.
Na carta enviada à presidente, Negromonte afirmou ser vítima de “uma campanha que se pretendeu difamante e que o tempo vem provando infundada, sem consistência, sem conteúdo”. Segundo ele, “nessa verdadeira guerra pelo poder, parte da mídia reproduziu denúncias vazias, de forma agressiva e insistente”.
“A gestão do Ministério das Cidades e minha vida pessoal foram vasculhadas e nenhuma ilegalidade foi encontrada, não respondo a nenhum processo”, destacou o ministro, que afirmou estar saindo “sem nenhuma denúncia, seja do CGU, TCU ou PGR”.
O ex-ministro diz que, no âmbito das disputas políticas, a experiência vivenciada foi exaustiva. “Enfrentamos ataques constantes, promovidos por adversários interessados em desestabilizar nossa permanência no Ministério das Cidades, que notoriamente desperta muito interesse pela importância dessa pasta”.
No entanto, o progressista evitou falar em mágoa dos próprios aliados, que o colocaram no posto de ministro e o retiraram, já que havia perdido apoio da própria legenda, e de que houvesse estremecimento com os aliados. “A maioria me apoia. Volto para a Câmara (dos Deputados) com a missão de apoiar a presidente Dilma e pacificar o meu partido, o PP”
Inclusive, o ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte, negou que tivesse sido demitido pela presidente Dilma na última segunda-feira, em Salvador. Em contato com a Tribuna, ele admitiu ter conversado com ela na suíte em que estava hospedada, no Hotel Pestana, quando acertaram para ontem uma nova conversa em Brasília, quando o progressista entregaria o cargo e tentaria sair “de cabeça erguida”.
Negromonte é o nono ministro a deixar o cargo desde o início do governo Dilma, o sétimo por conta de irregularidades na pasta. “A Presidenta da República agradece os serviços por ele prestados ao país à frente da pasta e lhe deseja boa sorte em seus novos projetos”, afirma o Planalto.
(Informações da Tribuna da Bahia)

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