quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Petrobras fecha em baixa de 5% após rebaixamento; dólar sobe para R$ 2,87

      O rebaixamento da nota de crédito da Petrobras, que perdeu o grau de investimento na agência de classificação de risco Moody’s, fez com que as ações da estatal fechassem com queda de quase de 5%, deixando a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no terreno negativo nessa quarta-feira. Durante o dia, o papel preferencial (com direito a voto) da petrolífera chegou a cair 8,72%. O Ibovespa, principal índice do mercado local, encerrou o dia com baixa de 0,12%, aos 51.811 pontos. Com os investidores avessos ao risco no Brasil, o dólar comercial subiu 1,19% diante o real, a R$ 2,866 na compra e a R$ 2,868 na venda. Na máxima do dia, ela atingiu R$ 2,886. As ações preferenciais (PNs, sem direito a voto) da Petrobras registraram queda de 4,87%, a R$ 9,38, e as ordinárias (ONs, com direito a voto) caíram 4,52%, a R$ 9,30. Há queda também nos negócios realizados na Bolsa de Nova York. Os recibos de depósitos de ações (ADRs, American Depositary Receipts) da Petrobras recuam 5,69%, a US$$ 6,47. Na terça-feira, esses papéis tinham fechado em alta de 5,86%, a US$ 6,86. Na avaliação de Marco Aurélio Barbosa, analista da CM Capital Markets, o rebaixamento só era esperado para depois do divulgação do balanço da Petrobras, quando provavelmente irá piorar a relação entre dívida e patrimônio da empresa. "O que ocorre nessa quarta-feira na Bolsa é uma espécie de contágio, o que faz com que outras ações registrem queda também", disse o analista, explicando que isso pode ser decorrente do ajuste de fundos que seguem o Ibovespa, como a Petrobras está perdendo muito valor, é preciso vender outros ativos para que a carteira continue refletindo exatamente a composição do índice.

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